FAMÍLIA, VIDA E MISSÃO

Que a Família seja: O Sal da Terra, Luz que ilumina, encobrindo as trevas.

terça-feira

AMAR O OUTRO

AMAR O OUTRO
Uma das coisas que mais me impressionam em Jesus Cristo é a não massificação. Ele sempre tem uma maneira específica e progressiva de chegar até as pessoas, afinal sabemos que é também injustiça tratar de modo igual quem é diferente. Jesus parece querer chegar a cada pessoa a partir da realidade e percepção que essa tem do seu caminho.

Precisamos aprender a olhar cada pessoa a partir de sua história. Não massificar é dar a cada um a oportunidade de tornar-se aquilo para o qual Deus o chamou. Por isso precisamos priorizar sempre mais a prática do diálogo, da valorização do outro e do respeito pela dignidade da pessoa humana. O diálogo exige considerar o outro igual ou superior a nós mesmos. Devemos evitar menosprezar e humilhar o outro. Nunca gritar e nunca usar de nenhuma forma de violência. É preciso acreditar no amor. Não podemos jamais reproduzir para com nossos filhos o que a sociedade produz: violência, discussão, o poder do mais forte, o domínio do outro, o aniquilamento de qualquer possibilidade de crescimento. Este é um dos nossos grandes e permanentes desafios.

Com tanta facilidade nós adultos nos descontrolamos. Como é comum ver um pai ou uma mãe aos prantos e aos berros com crianças que ainda não entendem nada, a não ser gestos concretos de amor ou de desamor. Muitos ficam traumatizados a vida inteira por causa de berros, gritos, socos, pontapés e palavrões.

Sem querer entrar nos méritos do estatuto do menor e do adolescente, a violência contra a criança, contra o adolescente, contra os mais fracos, revela acima de tudo a nossa fraqueza. Normalmente só grita e berra quem não tem argumentos.

O jeito mais fácil de resolver uma situação é ser ditador. O jeito mais simples de se fugir de responsabilidades é dizer não. Aliás não existe palavra mais comodista. Basta dizer não e pronto. E o pior é que muitas vezes esse não vem acompanhado de um solene e profundo (mas fraco e superficial) silêncio.

O mundo de hoje precisa urgentemente aprender a arte e a graça do diálogo. Só que isso exige que a gente se desinstale. Exige que a gente tenha a coragem de rever posicionamentos e dogmas que foram sedimentados.

Massificar é um jeito omisso de educar. É fácil colocar normas rígidas e exigir que as mesmas sejam cumpridas ao pé da letra. Aliás, a história é repleta de acontecimentos políticos, sociais, econômicos e revolucionários que priorizam e dogmatizam a ditadura. E a mesma história é mestra em nos mostrar que isso não funciona e não funcionou em lugar nenhum. Basta olharmos para a história recente da China, da União Soviética, das ditaduras latino-americanas, dos regimes militarizados… A não ser que a gente seja como o governante de Cuba que só deixa os turistas visitar os pontos previamente elaborados nos roteiros aprovados pelo algo comando. É mais fácil tapar o sol com a peneira!

Mas é bobagem. Ou a gente aprende a dialogar, ou vamos continuar gritando, esperneando, berrando e batendo.

Mas que tristeza saber que um pai grita e esperneia porque é incapaz de dialogar com o filho. Por isso temos tantos jovens drogados, deprimidos, prostituídos. Por isso temos tantas famílias desfeitas, tantos lares destruídos.

É preciso ter a coragem de ser diferente. Amar é ajudar o outro no seu processo de libertação e personalização. E isso precisa começar a acontecer desde a mais tenra idade.

Tenha coragem de ser diferente.

Seja Feliz

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