FAMÍLIA, VIDA E MISSÃO

Que a Família seja: O Sal da Terra, Luz que ilumina, encobrindo as trevas.

terça-feira

Os bens e as exigências do amor conjugal

A unidade e a indissolubilidade do Matrimônio
O amor dos esposos exige, por sua própria natureza, a unidade e a indissolubilidade de sua comunidade de pessoas que engloba toda a sua vida: "De modo que já não são dois, mas uma só carne" (Mt 19,6; cf. Gn 2,24). "Eles são chamados a crescer continuamente nesta comunhão através da fidelidade quotidiana à promessa matrimonial do recíproco dom total" (FC 19). Esta comunhão humana é confirmada, purificada e arrematada pela comunhão em Jesus Cristo, concedida pelo sacramento do Matrimônio. É aprofundada pela vida da fé comum e pela Eucaristia recebida em comum.
"A unidade do Matrimônio é também claramente confirmada pelo Senhor mediante a igual dignidade do homem e da mulher enquanto pessoas, a qual deve ser reconhecida no amor mútuo e perfeito" (GS 49).
A fidelidade do amor conjugal
O amor conjugal exige dos esposos, por sua própria natureza, uma fidelidade inviolável. Isso é a conseqüência do dom de si mesmos que os esposos se fazem um ao outro. O amor quer ser definitivo. Não pode ser "até nova ordem". "Esta união íntima, doação recíproca de duas pessoas e o bem dos filhos exige a perfeita fidelidade dos cônjuges e sua indissolúvel unidade" (GS 48).
O motivo mais profundo se encontra na fidelidade de Deus à sua aliança, de Cristo à sua Igreja. Pelo sacramento do Matrimônio os esposos se habilitam a representar esta fidelidade e a testemunhá‑la. Pelo sacramento, a indissolubilidade do casamento recebe um novo e mais profundo sentido.
Pode parecer difícil e até impossível ligar‑se por toda a vida a um ser humano. Por isso é de suma importância anunciar a Boa‑Nova de que Deus nos ama com um amor definitivo e irrevogável, que os esposos participam deste amor, que ele os apoia e mantém, e que através de sua fidelidade podem ser testemunhas do amor fiel de Deus. Os esposos que, com a graça de Deus, dão esse testemunho, não raro em condições bem difíceis, merecem a gratidão e o apoio da comunidade eclesial (FC 20).
A abertura à fecundidade
O instituto do Matrimônio e o amor dos esposos estão, por sua índole natural, ordenados à procriação e à educação dos filhos, em que culminam como numa coroa (GS 48).
A fecundidade do amor conjugal se estende aos frutos da vida moral, espiritual e sobrenatural que os pais transmitem a seus filhos pela educação. Os pais são os principais e primeiros educadores de seus filhos (GE 3). Neste sentido, a tarefa fundamental do Matrimônio e da família é estar a serviço da vida (FC 28).

Os esposos a quem Deus não concedeu ter filhos podem no entanto ter uma vida conjugal cheia de sentido, humana e cristãmente. Seu Matrimônio pode irradiar uma fecundidade de caridade, acolhimento e sacrifício.
VI ‑ A Igreja doméstica
Cristo quis nascer e crescer no seio da Sagrada Família de José e Maria. A Igreja não é outra coisa senão a "família de Deus". Desde suas origens, o núcleo da Igreja era em geral constituído por aqueles que "com toda a sua casa" se tornavam cristãos (cf. At 18,8). Quando eles se convertiam, desejavam também que "toda a sua casa" fosse salva (cf. 11,14;16;31). Essas famílias que se tornavam cristãs eram redutos de vida cristã num mundo incrédulo.
Em nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hostil à fé, as famílias cristãs são de importância primordial, como lares de fé viva e irradiante. Por isso, o Concílio Vaticano II chama a família, usando uma antiga expressão, de "Ecclesia domestica" (LG 11). É no seio da família que os pais são "para os filhos, pela palavra e pelo exemplo... os primeiros mestres da fé. E favoreçam a vocação própria a cada qual, especialmente a vocação sagrada" (idem).

BIBLIOGRAFIA: - Catecismo da Igreja Católica

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